sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Manuais de pesquisa e a Quebra de paradigmas

Para Kuhn (1997) o progresso da ciência se faz pela quebra dos paradigmas, pela discussão das teorias e dos métodos, acontecendo assim uma verdadeira revolução. E para dinamizar a visão de Kuhn, apresentamos o vídeo quebra de paradigmas que narra o diálogo de dois monges que debatem sobre a superação da tecnologia: do pergaminho para o livro e as dificuldades de adaptação quanto ao uso. Clique aqui

Este vídeo foi apresentado no Seminário "Manuais Técnicos: tipo de pesquisa" da Disciplina Metodologia em Ciência da Informação. A Maíra disponibilizou no blog dela, a estrutura da nossa apresentação e os documentos de referência.


Você sabe como nasce um paradigma?Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro colocaram uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria (gelada mesmo) nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas, batiam sem cessar.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco tentava subir mais a escada, apesar de ser tentadora a visão da sua fruta predileta que vislumbra com abundância tão próxima de seus olhos. Então, os mesmos cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que o pobre macaco fez foi subir a escada para colher as belíssimas bananas, sendo retirado de lá imediatamente pelos outros sob forte chuva de pancadas, surrando-o sem dó nem piedade.
Depois de algumas surras, o novo integrante assimilou a idéia do grupo e não tentou mais subir a escada, apesar de continuar lambendo o beiço cá debaixo.
Um segundo macaco foi substituído, e o mesmo aconteceu, tendo o primeiro macaco substituído participado com alegria e entusiasmo do corretivo que o grupo impôs ao segundo integrante substituído, o pobre novato.
Um terceiro macaco foi trocado, e repetiu-se o fato. E assim fizeram com o quarto, e , finalmente com o quinto e último dos veteranos sendo substituído todo o grupo.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui.”

E você, o que acha disto? Já tomou algum banho frio na sua vida?


Referência bibliográfica
KUHN, T.S. A estrutura das revoluções científicas. 5.ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.

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